1 – O Lanús não jogou por cerca de dez minutos, em seu próprio estádio. O Grêmio se posicionou no campo do oponente e, beneficiado pelo bom gramado, determinou que o jogo fosse disputado ali. Muito semelhante ao segundo tempo em Porto Alegre.
2 – A jogada que terminou com a finalização cruzada de Fernandinho foi o retrato de um time à vontade em uma situação incômoda. Dar as cartas na casa de um time argentino, em uma final de Copa Libertadores, não é algo que acontece por acaso.
3 – A dinâmica se aproximou da normalidade na altura da metade do primeiro tempo. Porque o Lanús passou a ser capaz de jogar na metade gremista do campo, mas não como queria. O Grêmio também era muito competente em um bloqueio mais recuado, dificultando a articulação do Lanús e se preparando para sair.
4 – Na primeira oportunidade de contragolpe, gol. Fernandinho desarmou, carregou por longos metros, garantiu que não seria alcançado e bateu firme após olhar a posição de Andrada. O 1 x 0 era um produto natural do que as equipes faziam em campo, e um drama para o Lanús.
5 – Renato Portaluppi, que jogou muito, assinaria tranquilamente a arrancada de Fernandinho.
6 – Bons times argentinos não costumam se descontrolar quando sofrem um gol, nem mesmo quando estão fora de casa. E não é correto dizer que o Lanús tenha passado por esse processo, porque não esteve controlado – no sentido de fazer a partida que pretendia – em nenhum momento. O Grêmio era o senhor do jogo em Buenos Aires.
7 – O lance do segundo gol começou com Arthur, lecionando na faixa central do campo. Dois passes até a bola chegar a Luan, que iludiu os defensores argentinos e as preces de um estádio em choque. Gol fantástico, para encerrar o jogo e a Copa.
8 – Mas ainda havia meio jogo e Arthur, após um primeiro tempo de craque, saiu machucado, chorando. Má notícia para o Grêmio, independentemente da postura ordenada por Renato para a parte final.
9 – Em poucos minutos, ficou claro que a ideia era absorver os avanços do Lanús, sem deixar de jogar e ameaçar. Não é um expediente simples, mas a vantagem agregada de 3 x 0 permitia razoável margem de manobra.
10 – Que ficou menor aos 26 minutos, após o pênalti bem marcado de Jailson em Acosta. Sand converteu e deu a senha para que o Lanús fosse só pressão no trecho final do encontro.
11 – Certa dose de emoção com a expulsão de Ramiro, que pareceu ter empurrado o braço do árbitro ao reclamar. Em desvantagem numérica antes dos 40 minutos, o Grêmio se viu sob risco pela primeira vez na noite.
12 – Nós pés de Luan, após mais uma arrancada de Fernandinho, a sentença do jogo saiu pela linha de fundo. Faria falta?
13 – Não, não faria. Enorme Grêmio, tricampeão da América.
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